Por: Luísa Brito, G1, São Paulo
Aos 30 anos, o administrador de empresas Alexandre Kaminome pode se considerar bem-sucedido na profissão. Ele tem uma renda anual superior a cem mil reais e há cinco anos comprou seu primeiro apartamento. Com um ritmo de trabalho intenso, em 2005 resolveu descansar e conseguiu um ano de férias da empresa. Kaminome atualmente é gerente de projetos da parte de consultoria da multinacional IBM, em São Paulo.
Ele começou atuando na área de finanças e hoje trabalha com consultorias para o setor de telecomunicações. Sua principal atividade é gerenciar equipes em projetos, que, em sua maioria, visam a produção de sistemas mais eficientes que aumentem a receita e reduzam possíveis prejuízos. “Minha função é encontrar soluções para os problemas das empresas”, resume o administrador.
Entre as coisas que mais gosta de fazer no seu cotidiano de trabalho ele destaca o contato com os clientes para apresentar propostas que visam à melhoria do negócio. Entre as atividades que não aprecia ele cita os projetos de redução de funcionários. “às vezes tenho até que apontar nomes, é algo desagradável”, afirma.
Segundo Kaminome, para crescer na profissão, os estudantes devem se dedicar muito ao trabalho, às vezes até sacrificando a vida pessoal. “No início, a pessoa não deve criar muita expectativa, achar que vai chegar na empresa e logo de cara conseguir um grande cargo. É preciso disposição para aprender mais sobre a área específica de trabalho e assim ir abrindo espaço”, afirma.
Outro administrador bem-sucedido, Daniel Loureiro Araújo, 32, funcionário do Banco Central (BC) em Brasília, define um bom profissional como aquele que tem uma visão geral de gestão e possui conhecimentos aprofundados de uma área específica. Araújo diz que cursou administração porque sempre gostou de matemática e queria algo na área de gestão.
Ele trabalhou durante seis anos em um grande banco privado do país, onde chegou a ser gerente. Depois deixou o mercado para fazer mestrado. Foi professor universitário e, neste ano, entrou para o BC. Atualmente, trabalha no departamento econômico do banco acompanhando o mercado financeiro e de crédito. Araújo diz tem um salário maior do que o que recebia no banco, mas não quis falar sobre valores.
Fonte: g1.globo.com
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