O acesso ao ensino articulado de quem está em escola pública dependerá do convênio firmado com o SENAI pela secretaria de Educação da prefeitura ou do governo estadual. Assinado o acordo, a secretaria, então, indica ao SENAI a quantidade de vagas que deseja. A matrícula será apenas uma, feita na escola regular ou no SENAI – e os currículos serão convergentes. O mesmo procedimento será adotado para quem está matriculado em ensino regular no SESI.
A opção para o ensino articulado estará disponível nas unidades do SENAI em todo o país e a maioria dos cursos de educação profissional será gratuita, informa a antropóloga Mônica Mariano, da Unidade de Educação Profissional do SENAI. No ano passado, segundo ela, quase 80% das matrículas nesta modalidade foram gratuitas.
A ampliação das matrículas no ensino articulado foi possível com a adesão ao sistema dos departamentos regionais do SENAI de Roraima e Rio Grande do Norte e com o reforço de 20 mil novas vagas obtidas por meio de convênios do SENAI com prefeituras e governos estaduais.
O aumento na oferta de matrículas para o ensino articulado faz parte do planejamento estratégico do SENAI e está alinhado com a disposição do ministro da Educação, Fernando Haddad, de ampliar as oportunidades para que estudantes do ensino regular tenham formação profissionalizante em turno complementar.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, tem defendido parcerias do governo com a iniciativa privada para melhorar a qualidade da educação do país, que vê como fundamental para o desenvolvimento.
Eficácia
Mônica Mariano diz que a experiência tem demonstrado a eficácia do ensino articulado. Em dezembro de 2009, três alunos do ensino médio articulado com a educação profissional de Anápolis (GO) conquistaram o primeiro lugar na 1ª Olimpíada Nacional de História do Brasil, promovida pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Andrielle Campos, Ângelo de Souza e Bruno Oliveira, alunos do SESI que então cursavam ao mesmo tempo o segundo ano do curso de técnico em eletrotécnica do SENAI, concorreram com quase quatro mil equipes de escolas públicas e particulares e levaram o ouro disputando cinco fases pela internet.
O ensino articulado garantiu pódios também na Olimpíada do Conhecimento, maior competição de educação profissional das Américas, realizada pelo SENAI no Rio de Janeiro, em março último. O paraibano Claudiano dos Santos Lima, que concluiu durante o ensino médio o curso de aprendizagem em gerenciamento de obras, foi medalha de prata na modalidade Aplicador de Revestimento Cerâmico.
A jornada educacional dupla facilita o acesso ao mercado profissional. Foi o que ocorreu, por exemplo, com Sarah Cristina da Silva Simões, de 18 anos. Ela formou-se técnica em automobilística no SENAI em 2009 enquanto cursava o ensino médio no SESI da região administrativa de Taguatinga, no Distrito Federal.
Concluído o curso profissionalizante de dois anos, com 1200 horas, foi imediatamente contratada por uma grande revendedora de Brasília, onde atua na manutenção de caminhões.
Sarah Cristina ganha R$ 900 por mês e vai fazer agora em janeiro vestibular para engenharia elétrica. "O ensino articulado foi fundamental para minha inserção. Hoje estou mais madura para encarar um mercado competitivo e busco novos sonhos", depõe ela.
Por Redação Administradores, www.administradores.com.br
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