Por Fausto Macedo, Agência Estado
A Justiça determinou o despejo do ex-banqueiro Edemar Cid Ferreira da mansão de 4 mil metros quadrados onde ele vive no Morumbi com a mulher, Márcia de Maria Costa Cid Ferreira. A ordem foi dada pelo juiz Régis Rodrigues Bonvicino, da 1.ª Vara Cível de Pinheiros.
O Tribunal de Justiça informou que o ex-controlador do Banco Santos não cumpriu contrato de junho de 2004 que o obrigava a pagar R$ 20 mil pelo aluguel mensal da casa. Segundo o TJ, esses recursos nunca foram depositados. A dívida acumulada alcança R$ 1,727 milhão.
Em 14 de dezembro, Bonvicino julgou procedente ação de despejo apresentada pela massa falida da empresa Atalanta Participações e Propriedades, mandou rescindir o contrato de locação e ordenou a saída do casal, impondo pagamento do "valor total do débito" em 15 dias.
Em 2006, o juiz Fausto Martin De Sanctis, da 6.ª Vara Criminal Federal, impôs pesada punição a Edemar, condenando-o a 21 anos de prisão por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.
O Ministério Público Federal apontou gestão fraudulenta que levou a instituição à falência em 2005. O ex-banqueiro recorre em liberdade.
Em meio à intervenção do Banco Central, a Polícia Federal constatou que a mansão, projetada pelo arquiteto Ruy Ohtake, guardava valiosa coleção de arte - mais de 10 mil peças, quadros, pinturas e esculturas -, que o juiz De Sanctis mandou remover para museus de São Paulo.
O advogado Luís Corvo, que representa Edemar Cid Ferreira na ação, não retornou ligação do Estado.
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