O futuro ex-executivo-chefe do Google Eric Schmidt afirmou nesta terça-feira (25) que espera passar mais dez anos na companhia. Na semana passada, ele passou o comando executivo da empresa para o cofundador Larry Page.
Schmidt, que comandou o Google durante o acelerado crescimento da empresa, também afirmou que o grupo vai contratar milhares de pessoas este ano em resposta às acusações de que a empresa tem enfrentado dificuldades para reter talentos. As declarações foram dadas durante uma conferência em Munique, na Áustria.
- Estou muito entusiasmado sobre minha próxima década no Google.
A partir de abril, Schmidt vai se focar em negócios e relações governamentais quando assumir a posição de presidente do conselho do Google. Ele disse em 21 de janeiro, que sua saída foi decidida para acelerar o processo de tomada de decisão da companhia.
O executivo deve receber o equivalente a R$ 167 milhões (US$ 100 milhões) em bonificação. O bônus inclui ações e opções de ações.
Na semana passada, o Google divulgou resultado que superou em muito as expectativas do mercado. Mas apesar da empresa ter dominado as buscas na web, ela tem enfrentado dificuldades na área de redes sociais e passado por dura concorrência diante de novas empresas como Facebook e Twitter, que estão roubando tráfego de usuários e talentos de engenharia da empresa.
- Nossa retenção [de profissionais] tem sido a mesma e ela tem sido exatamente a mesma por sete anos. Vamos contratar muitos milhares de funcionários este ano.
Schmidt afirmou que em seu novo cargo, poderá passar mais tempo lidando com assuntos governamentais e com a imagem pública do Google, entre outras questões.
- Passamos por questões governamentais muito complicadas.
Ele acrescentou que a posição do Google na China parece ser estável, após a renovação em junho passado da licença da companhia de operar no país.
O Google ameaçou sair da China depois de um grave incidente de invasão a seus sistemas, mas a companhia acabou chegando a um acordo com o governo e agora opera um serviço de escala menor.
- Eu acho que está estável [...] Mas nunca se sabe. É possível para o governo da China fazer com que nós não trabalhemos.
Fonte: R7
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